quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Esta Chegando... Nao Fique fora dessa Jogada!
Inscricoes Gratuitas. Ligue 31.3522.6261
Vagas Limitadas.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

DESEJOS PARA VOCE
 EM  2014

Que você faça da vida um jogo de futebol:
Chute as tristezas, drible as dificuldades e marque gols de alegria.

Entre o novo ano lembrando que: o verdadeiro campeão não é aquele que chega em primeiro, mas sim aquele que supera seus próprios limites.

Que os novos 365 dias sejam de constantes superações.
Mais uma etapa e com ela a sua subida diária ao trampolim do sucesso.

Siga o novo ano tendo como lema:
Campeões não são feitos em academias. Campeões são feitos de algo que eles têm profundamente dentro de si, 
ou seja, um desejo, um sonho, uma visão.

Enfim, desejo que você faça parte somente do grupo dos campeões.

E que a luz da esperança, em um novo tempo, ilumine nossos caminhos na busca de grandes conquistas! Feliz 2014.

Estas e muitas outras metas,  é o que eu desejo
para você e toda sua família. 


Treinador Prof. Esp. Adailton Nunes

domingo, 20 de outubro de 2013

Como criar um Sistema de Jogo de sucesso.


Como existem muitas variáveis que a nossa equipe vai enfrentar durante a temporada, nem sempre é possível escolher com exatidão, o melhor sistema de jogo. As vezes, escolhemos um estilo de jogo, e no meio da temporada alteramos para outro, porque não conseguimos obter os resultados desejados. Mas, independentemente do estilo de jogo que escolhemos para a nossa equipe, podemos mudar os princípios que escolhemos para o nosso modelo de jogo, mas nunca pode ser excluída a ligação entre cada um dos momentos.

Sempre que prepararmos um modelo de jogo, vamos imediatamente escolher um Sistema de Jogo que está na moda. Por exemplo, pressão alta e muita posse de bola, tal e qual o FC Barcelona, tem sido um estilo discutido e copiado por várias equipes. Mas, será esse o segredo do sucesso da equipe espanhola? A resposta é não. Na verdade, o sucesso traduz-se pela capacidade da equipe em usar os vários momentos de jogo e não pela forma como os trabalha.

      Será que os Sistemas de Jogo são bem desenhados?

Quando preparamos um modelo de jogo, temos à nossa disposição, vários princípios e comportamentos que podemos escolher para a nossa equipe. Podemos escolher vários sistemas táticos, vários princípios de jogo e várias jogadas que pretendemos que a nossa equipe faça em cada situação de jogo. Porém, muitos treinadores cometem o erro de escolher uma estratégia para um momento de jogo, e escolher uma estratégia completamente diferente para outro momento diferente. Por exemplo, o treinador escolhe o contra-ataque como método ofensivo, mas prepara a equipe para recuperar a bola com as linhas baixas, com todos os jogadores, ou seja, não existe ninguém para receber a bola no campo ofensivo quando esta é recuperada, e correm pelo campo com a bola no pé. Após alguns contra-ataques, os jogadores encontrar-se-ão fatigados porque percorrem muito espaço várias vezes. Neste caso, a forma como a equipe defende e ataca, leva os jogadores a ficarem cansados fisicamente, vai diminuir o rendimento passados alguns minutos de jogo. Não existe um encaixe tático entre o momento defensivo da equipe e a transição ofensiva.

Mas, se a equipe recuperar a bola na sua zona defensiva, mas já tiver alguns jogadores mais adiantados a quem pode passar a bola, não só alivia um pouco da pressão adversária como o jogador que recupera a bola tem para quem passar a bola e não precisa correr pelo campo. Assim, não só a equipe evita perder tempo a levar a bola para o campo ofensivo, como não se desgasta tanto. Neste caso, existe um encaixe tático entre momento defensivo e transição ofensiva.

       Como desenhar um bom modelo de jogo?

 Sendo assim, não será importante compreender qual é a ligação entre os vários Sistemas de Jogo, mas como é feita essa ligação. Cada Sistema de Jogo pode englobar diferentes princípios de jogo. Podemos também criar uma ligação entre os vários princípios de jogo. Sem grandes exemplos, vamos supor que temos o princípio A, princípio B e o princípio C. Num determinado Sistema de Jogo, o principio A pode ser relacionado com o princípio B, mas não pode ser relacionado com o princípio C. Não teria resultado porque não se encaixam. Já noutro modelo de jogo, o mesmo princípio A apenas pode ser relacionado com o princípio C, porque a forma como a equipe trata a bola nos diferentes momentos de jogo é totalmente diferente.

 Então, um Sistema de Jogo de sucesso não depende apenas dos princípios, mas da forma como estes relacionam entre si. Para criar um Sistema de Jogo de sucesso, precisamos determinar como queremos que a equipe jogue nos vários momentos de jogo, desde que cada um dos comportamentos se encaixe com os vários comportamentos nos outros momentos de jogo. A importância da criação do Sistema de Jogo, é ter várias estratégias disponíveis para os jogos, e ao mesmo tempo, ter vários processos que se relacionem entre si e que possam colocar as várias estratégias em prática.

Isto quer dizer que, para um jogo, vamos utilizar uma estratégia, e para outro jogo, vamos utilizar outra estratégia. Os nossos jogadores devem ser capazes de colocar ambas as estratégias em prática, através da ligação correta entre os vários Sistemas de Jogo. Se os jogadores não forem capazes de fazer essa ligação, aumenta o desgaste, o tempo de ação e diminui a concentração dos jogadores. Consequentemente, os resultados serão negativos.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

7 segredos para se tornar um jogador profissional de futebol

Muitos jovens sonham um dia em tornar-se jogadores profissionais. A possibilidade de ganhar muito dinheiro com futebol, de ser famoso e ter uma vida feliz, é vista pelos jovens como um sonho, e para praticamente todos eles, o futebol é o único meio capaz de fazer alcançar esse sonho. Porém, existe um caminho muito longo para percorrer, as vezes complicado e que exige paciência, mas que não é impossível. Desta forma, apresento alguns conselhos aqueles que um dia pretendem ser jogadores profissionais.

     1- Ter muita vontade
       Enquanto somos novos, temos a capacidade de aprender e evoluir. Estamos no momento exato de adquirir as bases, uma vez que, quando adultos, temos obrigações com a nossa vida e não temos a mesma capacidade de aprender como os novos. Então, nesta idade, o jovem deve sempre tentar jogar o máximo, não só para que lhe sejam dadas mais oportunidades, como para se fazer passar pelo maior número possível de situações com a bola. É justamente por passar por muitas situações que o atleta ganha as suas bases, ganha o seu estilo de jogo, e, a partir do momento que tem o seu próprio estilo, que é o mais difícil, evoluir para se tornar um bom jogador torna-se bem mais fácil. Se o treinador notar que o atleta não tem muita vontade de jogar, faça-o passar por situações onde é obrigado a interagir com a bola e com o jogo, onde é obrigado a se concentrar. Se o atleta reconhece que está com pouca vontade de jogar, peça ao treinador para que este não o deixe relaxar, e exigir dele até se sentir mais capaz de si mesmo.
  
       2- Espaço para aprender
       É muito importante interagir com a bola e com o jogo, não só para os jovens como para os adultos. Não é fácil criar as bases corretas para o estilo de determinado jogador. Por exemplo, um atacante pode jogar caindo para os flancos, quando na realidade teria muito mais resultado mantê-lo junto ao gol. Esta ] jogando num estilo diferente do seu próprio estilo. Para o jovem atleta, o melhor que o treinador pode fazer, é ensinar-lhe a jogar em várias situações, mas deixá-lo jogar ao seu estilo. Tentar extrair o máximo desse atleta, mas ao seu próprio estilo. Isto acontece, porque cada um de nós tem a nossa forma de ver o mundo e a nossa capacidade de resolver os nossos problemas. Uns sabem resolver de uma forma, outros sabem resolver de outra forma, e se mudarem o seu estilo, é provável que não saibam dar as respostas certas aos problemas que se sucedem. Um jogador, numa situação de 2x1, pode sentir-se muito mais confortável do que jogar no 1x1 e deixar o seu colega de equipe pra cobertura defensiva, e mesmo que perca a bola tentar recuperá-la com o seu colega, do que jogar em mobilidade com o seu colega para ultrapassar esse adversário. Já outro jogador sente-se mais confortável  jogar em mobilidade do que tentar ultrapassar o jogador adversário. São estilos diferentes, que ambos podem dar resultado.

       3- Conselhos
       Na minha forma de ver o futebol, penso que os jogadores deviam ter um limite salarial. Compreendo que esse valor lhes seja pago pela vantagem que os clubes têm com esses jogadores, acredito também que alguns jogadores são absurdamente pagos com valores muito elevados, dinheiro esse para os quais não estão prontos para administrar. Por exemplo, jogadores com 15 anos pensam em ganhar milhões quando tiverem 18 anos, mudam de escola de formação para uma que julgam melhor e acabam por perder a carreira toda, porque deixaram de ter as mesmas oportunidades que tiveram até agora. Outros, com 21 anos, querem abandonar os seus clubes, querem ir para clubes maiores e ganhar mais, criam uma gama de problemas nos clubes que representam e acabam encostados para o lado, correndo o risco de perder a sua carreira. Se os expoentes máximos do futebol, impedissem os jovens jogadores de ganhar mais do que um determinado valor, e se as escolas de formação tivessem os seus próprios agentes de futebol, direcionados para a carreira do atleta e não para a sua conta bancária, talvez o futebol se torna-se mais agradável ainda. Infelizmente, muitos jogadores nunca se irão tornar jogadores profissionais, pelo simples fato que foram mal aconselhados.

       4- Horas de treino
       Não me lembro de nenhum jogador que se tenha tornado profissional do dia para a noite, nem me lembro de nenhum trabalhador que se tenha tornado profissional da mesma forma. Ser profissional, exige muito tempo e trabalho, exige passar por muitas situações de jogo. O atleta, enquanto é novo, não tem a pressão de ganhar e pode aproveitar o tempo para passar pelo número máximo de situações e aprender resolvê-las. Quando se torna mais velho, essas situações são mais difíceis, e se não for capaz de pensar e resolver rapidamente, perante a pressão de ser obrigado a vencer, facilmente a sua carreira passará ao lado. O jogador, enquanto novo, deve aprender a resolver as situações, para que seja capaz de resolver no jogo, quanto for mais velho. Jogadores profissionais são capazes de resolver situações difíceis porque já passaram por situações idênticas e lembram-se mais facilmente da resposta correta que devem dar a cada uma dessas situações
    
       5- Estímulos
       Este é o melhor treino que o atleta deve ter. Ao que chamo futebol de rua, atribuo imenso valor a esse estilo, porque o jogador é estimulado no futebol de rua. Aprende a jogar ao seu estilo no futebol de rua. Realmente, vemos muita gente a atribuir muito valor ao futebol de rua, mas eu não atribuo tanto valor quanto isso. Na realidade, atribuo pouco valor a treinos estáticos, onde o jogador não tem espaço nem tempo para experimentar coisas novas com a bola, não tem espaço para jogar de determinada forma, é obrigado a jogar de outra forma qualquer e não é estimulado para a natureza que o seu organismo apresenta. O treino dos jovens, antes de serem treinados para ganhar, devem ser treinados para evoluir, mesmo que implique perderem jogos. Os pais dos jovens jogadores devem também apoiar-los para evoluir, jogando até futebol com eles em casa, e compreenderem que os seus filhos estão ali para aprender e não para vencer. Se o treinador fizer os jogadores passarem por muitas situações fáceis e variadas, certamente que o atleta vai ser um jogador polivalente e capaz de resolver imensas situações, apenas porque aprendeu a dar resposta a essas situações.

        6- Oportunidades
       Nenhum jogador pode se tornar profissional se não tiver oportunidades para isso. Mesmo com muito futebol de rua, nenhum jogador vai ser um grande atleta se praticar futebol de rua até aos 20 anos de idade e não participou em nenhum clube. Todos os jogadores precisam de oportunidades, não só de uma ou duas, mas de muitas e muitas oportunidades. Experimentar um jogador uma vez, não implica que esse jogador mostre logo tudo o que tem. Talvez esse jogador não se sinta confortável logo de início, porque não somos todos iguais. Mas, se esse jogador tiver mais oportunidades, e mesmo que falhe, demonstre vontade de evoluir, certamente que esse jogador pode se tornar profissional, não só porque tem vontade. A alta competição é muito diferente do treino, tome nota disso.
        
        7- Disciplina
       As vezes os jogadores têm uma vontade imensa de lhes fazer o que lhes aparece. Mas devem ser ensinados a lutar contra isso. O ser humano é feito de hábitos e zonas de conforto. Isso são estados mentais, que orientam a mente a fazer determinadas tarefas em vez de outras. Por exemplo, um jogador tem uma habilidade formidável no passe em profundidade. Mas, até agora, os únicos estímulos que obteve foram passes simples. Nesse jogador foi criado o hábito dos passes simples, e para este fazer passes em profundidade, tem de sair da sua zona de conforto. A zona de conforto representa o que este indivíduo sente-se capaz de fazer, e tudo o que estiver fora da sua zona de conforto, esse indivíduo hesitará a fazer. Logo, o nosso atleta hesitará no momento dos passes em profundidade, porque não está habituado a fazê-los.

domingo, 13 de outubro de 2013

Pressão, cobranças e coração a mil: a estressante vida dos técnicos

Psicóloga diz que carga de trabalho de treinadores é mais alta que

média e rítmo elevado pode causar problemas de saúde aos 

comandantes

A vida dos técnicos no futebol brasileiro está longe de ser fácil. Se por um lado recebem altos salários, por outro são sempre alvo de torcedores e dirigentes quando os resultados não acontecem, recebendo diariamente uma carga pesada de cobranças. O desgaste emocional é tanto que alguns sentem na pele, como o técnico do Botafogo Oswaldo de Oliveira, de 62 anos, que teve uma arritmia cardíaca no dia 5 de outubro, na derrota do Botafogo para o Grêmio, por 1 a 0, e saiu do Maracanã direto para o hospital. Há dois anos, quem passou por uma situação delicada foi Ricardo Gomes, de 46 anos, que sofreu por um AVC durante uma partida entre Vasco e Flamengo, no Engenhão, e até hoje faz tratamento. O Esporte Espetacular entrou em campo e aferiu os batimentos cardíacos dos técnicos Dorival Júnior, do Vasco, e Marcelo Martelotte, do Náutico, na última rodada (veja os detalhes na reportagem abaixo).
A rotina é intensa. Além dos treinamentos diários, eles precisam pensar, muitas vezes de forma solitária, táticas e opções para cada jogo. Durante as partidas ficam à beira do campo, gritam, xingam, caminham de um lado para o outro, sofrem e comemoram. Tudo isso faz com que o coração deles tenha alterações nos batimentos cardíacos. Para a psicóloga Ana Maria Rossi, diretora da Isma-BR, associação sem fins lucrativos voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento do estresse, os treinadores trabalham mais do que devem e por isso, muitas vezes, acabam tendo problemas de saúde.
Oswaldo de Oliveira Botafogo e Grêmio (Foto: Marcelo Fonseca / Agência estado)
Oswaldo passou por um momento delicado
(Foto: Marcelo Fonseca / Agência estado)
- Os técnicos trabalham mais horas do que qualquer outra profissão. São 80, 85 por semana contra 60, 65 de altos executivos. Antes de uma partida, ele pode ficar excessivamente ansioso, excessivamente angustiado, e isso pode inclusive alterar o comportamento dele com os jogadores - analisa Ana Maria.
Outra pressão se deve à cultura de alta rotatividade dos clubes brasileiros. Não é comum um técnico ficar muito tempo dirigindo uma determinada equipe por aqui. Até essa rodada, vinte treinadores já foram demitidos ou pediram demissão na Série A. Apenas Marcelo Oliveira (Cruzeiro), Tite (Corinthians), Cuca (Atlético-MG) e Oswaldo de Oliveira (Botafogo) estão no comando de seus clubes desde o início do ano.
- Eu sempre vou para um clube sabendo que vou sair. Pode durar um mês, dois meses, um ano ou dois anos, como aconteceu no Goiás, mas sei que na próxima rodada isso pode acontecer - analisou Enderson Moreira, técnico do Goiás desde 2011.
Ricardo Gomes passa mal no clássico entre Vasco e Flamengo (Foto: Reprodução TV)
Ricardo Gomes pasou mal durante o clássico entre
Vasco e Flamengo, em 2011 (Foto: Reprodução TV)
A grande maioria deles é de ex-jogadores e teve uma vida saudável a maior parte do tempo. Porém, o nervosismo excessivo por conta do ritmo multiplica as chances de acontecer algum problema de saúde. Muitos fazem atividade física para diminuir o risco e manter uma vida saudável. É o caso de Felipão, que ao lado do inseparável auxiliar Murtosa adotou a caminhada como um exercício importante no dia a dia.
- É para aquele estresse do quarto, do jogo, passar. Aquilo é para sair do local em que eu estou, mudar um pouco a rotina - contou o técnico da Seleção.
O estresse que pode se transformar em um problema físico não escolhe pessoa e nem idade. Tanto que Ricardo Gomes foi vítima de um AVC aos 46 anos e Oswaldo de Oliveira de uma arritmia cardíaca aos 62. O ritmo de trabalho acelerado pode causar danos à saúde tanto para os mais novos quanto para os mais velhos.
- O  estresse é o mesmo para os mais jovens, os mais experientes, os mais antigos na profissão e que ja passaram mais por essa situação - disse Marcelo Martelotte, técnico do Náutico.

domingo, 6 de outubro de 2013

Como analisar uma equipe de futebol em 8 passos

       Primeiro passo: identifique o sistema tático em que a equipe está a jogando
       
Quando construímos uma casa, começamos sempre por baixo e não pelo telhado. Com um relatório de uma equipe, acontece exatamente da mesma forma. Observando o adversário, devemos identificar em qual sistema tático está a jogando, como por exemplo em 1-4-3-3, ou 1-4-4-2, ou 1-3-4-3, ou seja qual for. Nunca devemos analisar outro fator que não seja o sistema tático, porque, ao reconhecer a base da organização de uma equipe, podemos encontrar mais facilmente os seus pontos fracos e fortes. Através do reconhecimento do sistema tático utilizado por uma equipe, facilmente encontramos as movimentações, os posicionamentos de base e as possíveis estratégias que essa equipe utiliza. Compreender também como funcionam as linhas de marcação, certamente será uma excelente ajuda na observação da equipe.

       Segundo passo: identifique os grandes princípios de jogo

        Pessoalmente, considero este passo muito importante, pelo simples fato que os grandes princípios de jogo ditam quase tudo acerca uma equipe. Por exemplo, uma equipe que tem como princípio para recuperar a bola, a pressão em zonas mais adiantadas, tem um ponto fraco na sua linha defensiva, obriga-nos a circular a bola com velocidade e segurança, e as transições terão de ser rápidas, e provavelmente, verticais. Apenas identificando o princípio da pressão em zonas adiantadas do campo, facilmente escolhemos uma estratégia para o nosso jogo.

        Terceiro passo: reconheça quais são os comportamentos em cada momento de jogo

       Uma coisa são princípios, que se estendem a todos ou alguns momentos de jogo. Outra coisa são comportamentos específicos de cada momento de jogo. Devemos, então, analisar como a equipe se comporta coletivamente em cada momento de jogo, para que possamos compreender que vantagens e desvantagens temos quando jogarmos contra essa equipe em cada momento de jogo. Por exemplo, se uma equipe pressiona forte no seu meio-campo defensivo no momento defensivo, e tenta fazer a bola chegar a dois ou três jogadores na transição ofensiva, devemos criar uma organização coletiva que impeça a bola de alcançar esses jogadores, seja recuperando ou interceptando a mesma.

       Quarto passo: Identifique as funções de cada jogador
       
Se já sabemos qual é o sistema tático em que joga uma equipe, que às vezes demora apenas alguns segundos, será mais fácil reconhecer as funções dos jogadores. Por exemplo, reconhecendo que o adversário joga em 1-4-3-3 com triângulo de base alta, sabemos que tem apenas um médio defensivo e podemos encontrar a função desse médio defensivo, como por exemplo, se fica sempre perto dos defesas centrais ou se participa ativamente no ataque. A função de cada jogador deve ser reconhecida em cada momento de jogo. Isto quer dizer que cada jogador tem comportamentos próprios em cada momento do jogo, e estes comportamentos devem ser reconhecidos individualmente para cada um dos adversários. Desta forma, sabemos o que vai fazer cada jogador em campo, e podemos criar movimentações na nossa equipe que antecipem cada movimento de cada adversário, diminuindo a sua capacidade de ação.

       Quinto passo: Encontre as características individuais dos adversários

       Isto será especialmente útil para criar zonas de pressão estratégicas. Por exemplo se um dos médios é lento  em situações de 1 x 1, sendo facilmente ultrapassado por um jogador que tenha técnica e velocidade de execução elevadas, então nada melhor do que utilizar o nosso médio com essas duas características e colocá-lo frente a frente com o médio adversário. Como vantagens, temos: o médio é frequentemente driblado; vão surgir imensas faltas causadas na zona onde esses dois jogadores se encontrarem; após algum tempo em desequilíbrio defensivo, outros jogadores ajudarão o médio em dificuldades. Isso representa que deixaram espaços livres, que podemos explorar.

        Sexto passo: Identifique os comportamentos habituais da equipe

       A estes comportamentos, podemos também chamar de padrões de jogo. Nem sempre é fácil, e por vezes, só por repetição em vídeo podemos identificar quais são os padrões de jogo de uma equipe. No entanto, não é impossível identificá-los, mas é extremamente importante. Pessoalmente, considero que os padrões de jogo devem ser identificados à parte dos princípios e comportamentos da equipe. Não só porque são jogadas melhor treinadas que as restantes, como às vezes são variações dos princípios da equipe, seja para jogar em criatividade, seja para criar dinâmica na sua forma de jogar. Ao reconhecer cada um destes processos ou padrões de jogo, podemos preparar uma estratégia para os parar antes que a equipe adversária os conseguir realizar.

        Sétimo passo: Analise as bolas paradas

       Jorge Jesus refere, e com razão, que as bolas paradas são o quinto momento de jogo. Concordo plenamente, porque não fazia sentido não atribuir esta importância a uma parte do jogo onde muitos jogos são resolvidos. Analisar profundamente, os escanteios, as faltas diretas e indiretas, os arremessos laterais e os tiro de meta, não só pode fazer com que a nossa equipe impeça a estratégia adversária, como recuperar a bola e assumir o controlo do jogo.

       Oitavo passo: identifique a variação de comportamentos e atitudes ao longo da partida

       Certamente, se costuma seguir algumas equipes com frequência, já reconheceu que existem momentos do jogo em que essas equipes tem quebra de ritmo. Por exemplo, algumas equipes têm uma pequena quebra de ritmo após o intervalo, outras precisam ainda de criar ritmo no início da partida, assim como existem aquelas equipes que tem altos e baixos ao longo de uma partida. Se o treinador sabe em quais momentos a equipe vai ter uma quebra de ritmo, sabe que pode aproveitar esses momentos para pedir ritmo elevado à sua equipe, uma vez que nesses momentos, a equipe adversária se apresenta debilitada.

       Conclusão

       Não é necessário seguir à risca cada um dos itens de um relatório de jogo pré-preparado. Por vezes, esses relatórios são feitos para outra pessoa, preparados para a sua visão de jogo e para as suas ideias. Evite cair nesse erro, de seguir um modelo de análise alheio onde as suas ideias não coincidem, pois pode ter a certeza que no final, ficará incompleto. Existem dezenas de modelos de análise que podemos encontrar pelo mundo inteiro, e nem todos eles vão de encontro com a forma como vemos um jogo e a que coisas damos importância. Isso não significa que possamos encontrar um modelo de relatório com o qual nos identificamos, mas o melhor remédio é mesmo fazer as análises à nossa maneira.